segunda-feira, 30 de maio de 2011

7 dicas para o texto: um passo a passo para ser claro (parte 1)

1) A primeira frase precisa prender a atenção do ouvinte. O lead não pode iniciar por elementos de tempo ou lugar.

2) Pela característica atemporal, as reportagens especiais podem prescindir do lead clássico e do formato da pirâmide invertida. Nesse caso, as respostas às perguntas básicas do jornalismo surgem dispersas ao longo da reportagem. É que alguns chamam de "lead em Z".

3) É importante que o texto seja preciso, coloquial e conciso.

4) O texto deve estar na ordem direta: sujeito + verbo + predicado.

5) Evite usar verbos no futuro do presente, prefira o modo composto ou o presente do indicativo.  Por exemplo: use vai viajar ou viaja, e não viajará. É mais coloquial e próximo ao jeito que falamos no cotidiano. Use o verbo no passado quando for importante para a clareza da informação.

6) Cuidado com o uso de adjetivos. Um fato descrito como sensacional ou dramático pode não ser sensacional ou dramático para o ouvinte. Dê preferência aos verbos.

7) Para evitar repetições de nomes no texto, faça o desdobramento do conjunto cargo-nome. Porém, isto só pode ser feito quando apenas uma fonte expõe suas opiniões, e sempre com o cargo aparecendo primeiro.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O lado fofo da vida de jornalista

Estava sentado na mesa de uma bar, ontem, com outras quatro amigas também estudantes de jornalismo, e aí lembramos de um texto muito bacana, do blog Desilusões Perdidas.

Aí vai:



Mãe de jornalista é mais preocupada do que todas as outras mães preocupadas do mundo. Meu filho, se for pro morro cobrir guerra entre polícia e traficante, não esquece de levar o colete à prova de balas, tá me ouvindo? Não quero filho meu pegando bala perdida por aí. Mamãe deixou o colete arrumadinho lá na sua cama.

Mãe de jornalista não tem noção da rotina do filho. Não, mãe, eu não tô na farra. Tô no pescoção, mãe. Isso, mãe, pescoção é trabalho. Pois é, mãe, jornalista trabalha até essa hora. Então, mãe, também não vai dar pra almoçar com a senhora no domingo. Vou estar de plantão. Por favor, mãe, não chora. Mãe?

Mãe de jornalista não entende o visual desleixado do filho. Há quantos anos você usa essa calça? E esse All Star todo sujo? A barba, meu filho, faz a barba! Parece um mendigo!

Mãe de jornalista adora comparar a filha jornalista com o filho médico. Você poderia muito bem ter feito como o seu irmão, o Pedro Paulo, e seguido a profissão do seu pai. Filha, aquele consultório o seu pai construiu pra deixar pra vocês dois! Ainda dá tempo de mudar, filha! Esquece essa coisa de lutar por um mundo melhor e faz como o Pedro Paulo.

Mãe de jornalista também tem orgulho da filha. Recorta tudo que é matéria publicada no jornal. Coleciona, mostra pra família, pras amigas invejosas. Ou fica sentadinha na frente da TV, joelhos colados, mãos sobre as coxas. Não perde um instante da entrevista da filha, com não sei quem, sobre sei lá o quê. Pela tela, faz cafuné na cabeça da moça. Os olhos num aguaceiro só.

domingo, 22 de maio de 2011

Outras características da rádio all news



A programação em grade das rádios, chamada de grade generalista, tem as características de linearidade e um público heterogêneo _ que varia de acordo com o horário. Nesse tipo de programação das rádios convencionais, há uma espécie de compromisso com hora marcada para começar e terminar, conhecido lá fora como 'pegue agora ou largue para sempre', ou seja existem programas específicos dentro da programação que interessam a determinado ouvinte.

Em contrapartida, a edição em fluxo contínuo _ característica principal da programação das rádios all-news _ funciona baseado no conceito chamado clock, em que um novo noticiário, com novas informações, é transmitido a cada período de tempo: por exemplo, na Band News FM o clock é de 20 minutos (em vinte minutos tudo pode mudar); na CBN o clock é de 30 minutos.

Repare esse exemplo de clock, para entender melhor:



Outras características da rádio all-news são:  rotação, público homogêneo, enunciado sem começo nem fim, 'pegue quando quiser', a programação é basicamente a mesma durante todo o dia. No entanto, manter 24h com notícias no ar é difícil e nos leva a uma contradição. A notícia corre o risco de ser repetida em algum momento durante a programação, porque não se pode parar a transmissão. É o dilema: quantidade X qualidade.


A repetição do enunciado é um fenômeno inédito que coloca em questão um dos pilares conceituais do jornalismo, a revelação da novidade. O rádio all-news não transmite apenas news, mas também uma dose considerável de informações já sabidas, cujo valor de uso para o ouvinte caduca pela repetição. Não resta dúvida que tal caducidade, embora admitida pela expectativa de uma audição por tempo limitado, não é desejável, e que no acirramento da concorrência levará a melhor em frequência de audição uma emissora que consiga reduzí-la em relação às demais. Ocorre que o pressuposto para o perfeito funcionamento do fluxo é a abundância de produção, e a possibilidade desta abundância é limitada por razões econômicas.

Não podemos esquecer de um conceito fundamental da rádio all-news, o de utilidade instantânea e uma consequente vocação para coberturas ao vivo. A nova estratégia obedece a uma lei de mercado que caracteriza cada vez mais a oferta radiofônica com base na sua utilidade instantânea. E, assim, altera significativamente o papel do ouvinte na situação comunicativa: antes passivo diante de uma forma estabelecida pela enunciação, torna-se agora co-participante na delimitação do enunciado. As emissoras de formato all-news entendem que seu ouvinte permanece apenas por um curto período de tempo. Então, para garantir a audiência, estas rádios estão normalmente localizadas em grandes áreas urbanas.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

7 dicas para uma boa pauta

1) A pauta é o que vai guiar o jornalista ao longo da reportagem, mas não deve ser considerada imutável. A pauta pode, e deverá, sofrer modificações durante a apuração e o repórter precisa estar atento às sutilezas desse caminho imprevisto.

2) A pauta deve começar a ser pensada através de um tema que seja novo e relevante para a sociedade. Preferencialmente próximo ao público, pois isso torna a reportagem mais interessante ao ouvinte.

3) Um tema pode ser muito amplo para ser objeto de uma única reportagem. O repórter deve pensar um foco dentro deste tema. 

4) Efemérides podem ser um bom gancho para matérias frias.

5) Enquanto faz a pauta, o repórter deve imaginar que título a matéria teria se realmente fosse feita. Se estiver difícil, é porque ainda tem só um tema. 

6) O texto da pauta deve ser informativo e sucinto, com lead e sublead, sugerindo perguntas, exemplificando fontes e com o material pesquisado durante a pré-pauta em anexo.

7) para montar a pauta tente responder a três pontos: 
a_ O que eu quero contar para o leitor?
b_ Para contar isso ao leitor, que informações são necessárias? Preciso apresentar números? Quais? Preciso dar uma perspectiva histórica? Encontrar personagens? Levantar diferentes pontos de vista sobre o assunto?
c_ Quem pode me dar essas informações? Quem devo ouvir para levantá-las?


*Com ajuda do pessoal do blog Novo em Folha

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O formato all news no rádio brasileiro

Continuando as dicas sobre as características da rádio all news, deixo o link de um texto recomendado pelo professor. O autor Eduardo Meditsch é um dos principais pesquisadores do radiojornalismo brasileiro.


Eduardo Meditsch e Juliana Gobbi Betti


"Este texto analisa como o formato de programação  all-news é implantado no Brasil, seu histórico, tentativas e adaptações. Como desdobramento do processo de segmentação, intensificado nos anos 1970, e pela relevância do jornalismo no mercado radiofônico brasileiro, o formato  all-news continua a se configurar como opção para as emissoras de rádio. No entanto, a adaptação do formato à realidade brasileira tem encontrado obstáculos. O artigo discute a transição da programação em grande para o fluxo informativo contínuo e seu impacto para a transformação do jornalismo radiofônico. A pesquisa utiliza como ilustração as experiências nacionais da Rádio Jornal do Brasil, BandNews FM e CBN e internacionais da CBS, WINS e France Info. O texto traz resultados parciais de  pesquisa que faz arte de um projeto maior que investiga a Mutação e a Estabilidade dos Processos Joirnalísticos no contexto da Webemergência."

terça-feira, 17 de maio de 2011

Características da rádio all news

O professor Eduardo Compan chegou, semana passada, num ponto crucial da disciplina: a rádio all news. Para Luiz Artur Ferraretto, autor do livro Rádio: o veículo, a história e a técnica, este tipo de formato informativo pode ser dividido em três: “all-news, exclusivamente voltado à difusão de notícias; all talk, em que preponderam a opinião, a entrevista e a conversa; e talk and news, no qual há uma mescla dos anteriores”. 

A rigor, então, nossas rádios com notícias 24h podem ser definidas como sendo ‘talk and news’, e não simplesmente ‘all news’.

O modelo que chamamos de all news precisou ser ‘aculturado’ à tradição do radiojornalismo brasileiro, seja adotando maior flexibilidade da programação em relação à incorporação de subgêneros que superam a notícia clássica no caminho de um rádio informativo de maior espectro (MEDITSCH, 2001), seja quebrando a rigidez temporal dos módulos para dar entrada às transmissões ao vivo e acolher uma linguagem mais coloquial e próxima da oralidade, como tem sido feito na experiência da BandNews FM

Contexto histórico

O formato all-news aparece como uma opção para as emissoras brasileiras não só pelo histórico internacional de sucesso, mas também como um desdobramento lógico do processo de segmentação que se intensificou a partir dos anos 70 do século passado. A segmentação, que era até o momento uma tendência baseada, principalmente, na divisão entre música nas FMs e informação, serviços e esportes nas AMs (e dentro dessas, entre programação para a elite ou popular), passa a ser imperativa na sobrevivência das emissoras dos mercados mais competitivos. Sobre as características de produção, podemos afirmar que as potencialidades do meio, como a agilidade e a mobilidade são observados no modelo all-news, caracterizando a velocidade e imediatismo que diferenciam a cobertura radiofônica.

Com informações e colando das anotações do professor, amanhã outras informações sobre rádio all news.

World Press Photo 2011

A mais importante mostra de fotojornalismo - promovida por uma organização holandesa de mesmo nome - apresenta 177 fotografias divididas em singles e ensaios, nas seguintes categorias: notícias em geral, notícias em destaque, pessoas e notícias, esportes, assuntos atuais, vida cotidiana, retratos, arte e entretenimento, e natureza. A 54ª edição da exposição faz uma retrospectiva dos fatos mais marcantes de 2010, sobr as lentes objetivas de 55 fotógrafos de 23 nacionalidades.
A vencedora desta edição é da fotógrafa Jodi Bieber, da África do Sul, que fez um registro de uma afegã com o nariz cortado.


Serviço:
Caixa Cultural Rio, no Centro
De 17 mai 2011 até 19 jun 2011
ter, qua, qui, sex e sáb 10:00 até 22:00 | dom 10:00 até 21:00 
Grátis

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Jornalistas no Cinema - parte 2

Aqui no Rio o dia promete ser chuvoso e com um friozinho ótimo pra quem gosta e pode ficar em casa, curtindo preguiça. Então, nada melhor que um filmezinho... 

Já dei algumas dicas de filmes, mas claro que faltaram muitos. A nossa professora da UFF, Larissa Morais, comentou o post e lembrou outros filmes bem legais: Todos os homens do presidente não pode faltar na lista! E o filmaço O informanteO quarto poder também vale a pena.

A Laís, que também é monitora de um projeto de reportagens em rádio – o ‘Universidade no Ar’ – também palpitou: “Indicaria também ‘Obrigado por fumar’. Tem um excelente tom crítico por trás da proposta de comédia. Ótimo não só para avaliar a posição anti-ética da jornalista do filme, como também para notar o poder da argumentação utilizado pelo personagem principal”.

"A Estranha Perfeita" mostra os repórteres como anti-éticos e O diabo veste Prada os bastidores do jornalismo no mundo da moda. 

Espero mais dicas!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Classificados de estágio!

Vaga de estágio na Assessoria de Imprensa da TV Brasil
6h diárias
bolsa de R$550,00 + VT + VR de R$18 por dia
Local de trabalho: Lapa
Funções: Redação de releases para a imprensa e sinopses de programas para boletim semanal e site da TV Brasil
Interessados podem mandar currículo pra mim: maryanacoutinho@hotmail.com

***

A Contexto Assessoria está com uma vaga para estágio em jornalismo.
R$ 545 + VT
As atividades são clipping dos clientes e gerenciar mídias sociais (o facebook e twitter da Contexto e de mais um cliente). Portanto, é fundamental que a pessoa goste e conheça sobre mídias sociais, seja criativa para elaborar os posts e ter um português excelente.
Na Barra da TijucaCarga Horária: 4h (segunda a sexta)Bolsa: R$ 545,00Benefícios: Vale Transporte
E-mail para envio de currículos: margarida@contextoassessoria.com.br

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Empresa de Seguros procura estagiário de jornalismo
Pré-requisitos:
Cursando em Jornalismo à noite, a partir do 5º
Conhecimentos de informática (Pacote Office)
Ter noções de assessoria de imprensa e comunicação interna
Carga horária: 6 horas/diaRemuneração: R$ 1071,00 + R$ 83,00 de Auxílio Transporte = R$ 1154,00
Local de Trabalho: Tijuca
CV para segurosrecrutamento@gmail.com
Assunto: Estágio JORNALISMO

***

Marketing Coquetel
Quer estagiário cursando a partir do 4º período, de Com. Social, Marketing:
Requisitos:
inglês fluente;
domínio do pacote office.
O que dizem que você vai fazer lá:
Manter as prateleiras das estantes (departamento e show romm) sempre atualizadas com as revistas COQUETEL;
Relatório mensal de marketing;
Tarefas administrativas, envio de produtos para clientes;
Acompanhamento de envio de revistas mensais aos clientes / parceiros.
Salários e Benefícios:
R$ 760,00
Refeição no local, Plano de saúde, Plano odontológico e Seguro de vida
Currículo com o título da vaga Estágio Comunicação Social - Coquetel no campo assunto do e-mail: vagasrh26@yahoo.com.br

segunda-feira, 9 de maio de 2011

7 dicas pra ajudar na hora da entrevista

Tem gente que diz que a entrevista é a chave para a boa reportagem. Na semana passada discutimos a entrevista, com base no livro ‘Manual de Radiojornalismo’. Nele Heródoto Barbeiro é categórico: “Boas entrevistas são as que revelam novos conhecimentos, esclarecem fatos e marcam opiniões”.

Como sempre, o repórter precisa se informar antes da entrevista, “repórter desinformado dificilmente escapa de ser manipulado pela fonte”. E também, como diz Juca kfouri, há uma espécie de disputa entre entrevistado e entrevistador: quanto mais o jornalista sabe da fonte, parece que mais ele quer falar sobre si _ pra demonstrar que da vida dele quem sabe mais é ele próprio.

7 dicas pra ajudar na hora da entrevista

1) A pergunta deve ser objetiva, sempre tentando se colocar no lugar do ouvinte: o que é considerado mais importante sobre o assunto? O que o ouvinte perguntaria ou gostaria de saber?

2) Preste atenção na resposta, ela pode levar a outras perguntas. Ou mais: “uma resposta pode levar o assunto para um tema mais importante que o preestabelecido”.

3) Pergunte ao entrevistado, antes do bate-papo, o jeito certo de dizer o nome dele.

4) “Não interrompa o entrevistado sem que ele conclua o pensamento”.

5) “O entrevistado não deve ser enganado sobre o tema da entrevista”. E também lembre-se: “ entrevista não é linchamento. O entrevistado tem o direito legal e ético de não responder a determinada pergunta e até mesmo de não dar entrevista”. Para Ricardo Kotscho, a gente nunca deve ir com idéia já feita sobre a entrevista.

6) “Não se podem aceitar perguntas previamente apresentadas pelo entrevistado ou por sua assessoria de imprensa”.

7) Leia jornais todos os dias. Aliás, leia o máximo que puder todos os dias. Fica muito mais fácil falar sobre o que você conhece.

sábado, 7 de maio de 2011

Jornalistas no Facebook

As mídias sociais surgiram como sites de relacionamento, mas se tornaram também grandes fonte e canal de notícias para jornalistas do mundo todo. 

Prova indiscutível foram as recentes revoltas no mundo árabe, quando milhões de pessoas sairam às ruas em vários países do norte da África e Oriente Médio para protestar contra governos autoritários. As mobilizações foram organizadas com ajuda do Facebook, Twitter e mensagens enviadas por celulares.

Da mesma forma, a imprensa internacional acompanhou o andar dos eventos através destes novos meios digitais de comunicação. No começo do ano, manifestantes egípcios, por exemplo, criaram grupos nas redes sociais para divulgar vídeos e informações sobre os protestos e as respostas violentas do governo.

Com mais de 500 milhões de usuários no planeta, o Facebook foi a principal escolha de canal de comunicação dos manifestantes. O site é considerado hoje uma das ferramentas de mídia social mais poderosa no mundo.

Foi tema de filme ("A Rede Social"), indicado ao Oscar de 2011, e tem valor de mercado estimado em US$ 50 bilhões. É a terceira maior empresa da internet, atrás só do Google e da Amazon.

Agora, o potencial multiplicador do site pode ser explorado em dobro por jornalistas. A página "Journalists on Facebook" (Jornalistas no Facebook) permite criar páginas próprias para serem atualizadas com conteúdos como textos, vídeos, fotos e links.

Uma espécie de blog no Facebook. Com a vantagem de você poder compartilhar todo este conteúdo diretamente com seus amigos também cadastrados no Facebook, além de atrair fãs e novos leitores a partir da sua rede de contatos.

Dá para postar a cobertura de eventos, viagens ou investigações jornalísticas. Uma boa opção para jovens repórteres treinarem redação, edição e publicação online de matérias e jornalistas escreverem de forma independente sobre os temas que lhe interessam e em contato direto com o público, que pode enviar críticas e sugestões sobre as reportagens.


(Copiado do blog Novo em Folha)

Souza Cruz tem inscrições abertas para estágio

A empresa Souza Cruz está com as inscrições abertas para estudantes interessados em participar de seu Programa de Estágio. As vagas são para alunos dos cursos de Comunicação Social (Marketing, Jornalismo e Relações Públicas) com previsão de formatura para julho/2013.
As inscrições vão até 29 de maio.
Mais informações* e cadastro de currículo no sitewww.souzacruz.com.br.

*(Obs.: no rádio não é recomendável usar 'mais', como neste caso. Prefira o termo outras informações: o 'mais' pode ser confundido com 'más', de informações ruins).

quinta-feira, 5 de maio de 2011

7 dicas pra ajudar na locução

A gente tem feito muitos exercícios para perder o medo do microfone. O radiojornalista precisa ser natural ao ler o texto e se virar muito bem no improviso, porque frequentemente vamos entrar no ar ao vivo e sem tempo pra fazer um texto antes.

Vou dar algumas dicas pra melhorar a locução, que o professor falou na aula:

1) Reforce as palavras-chave: por exemplo o não, se o ouvinte passa batido pelo 'não' ele entende justamente o oposto.

2) Conheça o texto, leia-o antes de entrar no ar (sempre que possível).

3) Leia o texto em voz alta antes de gravar, assim você será capaz de identificar as partes mais complicadas pra locução.

4) Sublinhe as palavras-chave, aquelas que você não pode passar batido ou de pronúncia difícil.

5) Marque bons pontos de pausa, onde você vai respirar ou para facilitar a pronúncia de pequenos trava-língua no meio do texto. Use barrinhas pra isso.

6) Evite frases intercaladas.

7) Leia jornais todos os dias. Aliás, leia o máximo que puder todos os dias. Fica muito mais fácil falar sobre o que você conhece.

Vou tentar mostrar o resultado dos nossos exercícios aqui.

Ah, tem mais dicas de locução num post anterior: é tudo improviso. Dá uma olhadinha lá.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Grandes obras da literatura sobre o jornalismo

Em busca do feriado perdido – Marcel Proust
Memória de minhas pautas tristes – Gabriel García Márquez
O processo (por calúnia, injúria e difamação) – Franz Kafka
A insustentável pobreza do ser – Milan Kundera
A vida de jornalista como ela é – Nelson Rodrigues
Textos de gaveta mofados – Caio Fernando Abreu
Editorial sujo – Ferreira Gullar
O encontro desmarcado – Fernando Sabino
Admirável emprego novo – Aldous Huxley
Crime e sensacionalismo – Fiódor Dostoiévski
O tempo e o fechamento – Erico Veríssimo
Histórias de anonimatos e de famas – Julio Cortázar
A profissão do desassossego – Fernando Pessoa

(Via Desilusões Perdidas)

domingo, 1 de maio de 2011

O que é teaser no radiojornalismo?

O conceito de teaser, essa palavrinha que tem origem na publicidade, pode variar de rádio pra rádio, de região para região. No entanto, existem basicamente dois tipos de teaser: manchete e destaque. O formato também muda de meio para meio.

No rádio, o âncora usa o teaser na abertura do programa, chama o repórter e cada um diz o que vai cobrir, ou o que está cobrindo. É uma espécie de marcação de território. Bem no estilo da escalada do Jornal Nacional: aquela tabelinha em que Willian Bonner e Fátima Bernardes se alternam dando manchetes. Esse é o estilo manchetado. Aqui o teaser utiliza, geralmente, apenas uma única frase. O texto manchetado tem o verbo no presente e, como no jornal impresso, suprime os artigos.

No teaser destaque _ sempre lembrando que os conceitos se confundem um pouco _ o texto vai usar duas frases em vez de uma: a primeira uma manchete e a segunda um texto corrido, sem as regras do presente e podendo usar artigos. A leitura também possui um ritmo diferente, mais acelerado e em vez de terminar concluindo acaba para cima. 

Alguns programas de rádio, como o Jornal da CBN, abrem o programa com um estilo de teaser um pouco mais longo. O âncora apresenta as principais reportagens do jornal, fazendo resumos das matérias de três ou quatro matérias e um trecho da sonora.

Resumindo, o objetivo do teaser é chamar a atenção do ouvinte, ou, na tradução literal do inglês, provocá-lo, para que ele, interessado no assunto, continue sintonizando a emissora.