segunda-feira, 11 de julho de 2011

Lições iniciais de uma caça às pautas

(Via Novo em Folha)

Se a gente não está lendo jornal direito, é muito difícil propor uma pauta, porque não se sabe se é novidade ou se já saiu no jornal.

Pautas ancoradas em um fato recente sempre têm gancho (já que partem justamente da notícia, que passa a ser o gancho). Um exemplo: se eu propuser fazer uma lista das creches públicas em SP, ninguém vai entender por quê. Já se a idéia for listar as piscinas públicas boas, todo mundo vai saber que é por causa desse calorzinho bom que está fazendo na cidade. Isso é ter gancho.

Muita boa idéia que a gente tem é ainda uma pré-pauta. Pode até virar pauta, está no bom caminho, mas ainda exige uma pré-apuração. Por exemplo, temos a idéia de mostrar como está a briga para suceder a AIG como patrocinadora do Manchester, mas ainda é preciso saber se há mesmo uma briga.

Matérias de serviço derivadas de fato quente quase sempre emplacam como pauta, porque têm gancho e não precisam ver hipóteses comprovadas notas curtas podem render mais pauta que grandes matérias --porque ali costuma haver histórias malcontadas ou ainda não contadas dar idéias sem ter medo e palpitar livremente na idéia dos outros é sempre um bom caminho pra encontrar pautas (o velho e bom brainstorm, mas tem que ter liberdade mesmo. Se o chefe acha defeito em qualquer coisinha que a gente fala, é chato e inútil).

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