terça-feira, 29 de março de 2011

Radiojornalismo na era multimídia

Em uma enquete rápida feita com alunos de jornalismo para saber que área querem seguir, pode ter certeza: poucos escolherão o radiojornalismo. Talvez por pensar que o rádio é um meio velho, prestes a ser liquidado dentro do atual contexto multimídia.

No entanto, quem pensa assim se engana!

Durante a aula, o professor Eduardo Compan indicou um texto do jornalista Eduardo Meditsch e defendeu, assim como o autor, que o rádio não acabará tão cedo.

(...) A utilidade deste tipo de serviço não está e nem será superada tão cedo em nossa civilização. Cada vez mais, as pessoas vão precisar ser informadas em tempo real a respeito do que está acontecendo, no lugar em que se encontrem, sem paralisar as suas demais atividades ou monopolizar a sua atenção para receber esta informação.”


Quando fiz a prova para esta monitoria, há duas semanas, outra questão sobre o texto do Meditsch apareceu. Reproduzo aqui a questão para vocês:

No artigo “O ensino de radiojornalismo em tempos de internet”, Eduardo Meditsch diz que quem domina a linguagem do rádio se adapta muito mais facilmente tanto à expressão audiovisual quanto ao texto utilizado na internet. Que características do radiojornalismo fundamentam essa afirmação?

A resposta está além da necessidade de escrever com clareza, de modo direto, objetivo e simples _Todo jornalista deve ser claro e objetivo!

Meditsch resume as características de adaptação em apenas um parágrafo:

Existe uma série de boas razões para se levar a sério o ensino de radiojornalismo _tal e qual é ratificado no velho e bom rádio_ nesses tempos de internet. A primeira delas, é que o ensino da disciplina não prepara apenas para trabalhar no veículo rádio: quem sai dominando a linguagem do veículo se adapta muito mais facilmente tanto à expressão audiovisual quanto ao texto utilizado na internet. E os grandes sites de notícias já estão copiando das redações de radiojornalismo o seu modo de produção _desde o serviço de radioescuta até a edição em fluxo contínuo_ porque ninguém como o rádio tinha antes know-how de trabalhar com informações jornalísticas em tempo real. A explicação é simples: o rádio, contra a ideia dominante no senso comum, é um veículo da era eletrônica, sua era não está no passado, sua era é a de todos os meios eletrônicos, ele apenas foi o que surgiu antes.

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