quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mais sobre a pauta

Eu já falei sobre pauta em alguns posts sobre a pauta, mas vou falar de novo porque é um assunto que não se esgota. E um autor complementa o outro.

No livro A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística, Nilson Lage diz que "a denominação pauta aplica-se  duas coisas distintas:

a) ao planejamento de uma edição ou parte da edição (nas redações estruturadas por editorias_de cidade, política, economia etc.), com a listagem dos fatos a serem cobertos no noticiário e dos assuntos a serem abordados em reportagens, além de envetuais indicações logísticas e técnicas: ângulo de interesse, dimensão pretendida da matéria, recursos disponíveis para o trabalho, sugestõe de fontes etc.

b) a cada um dos itens dese planejamento, quando atribuído a um repórter. Ele dirá 'a minha pauta', quer que a tenha recebido como tarefa, quer a tenha proposto (o que é comum, particularmente com free lancers)."

Ainda para Nilson Lage, pautas de notícias devem conter:
1) o evento;
2) exigências para a cobertura (credenciais, traje etc.) e contatos para confirmação ou detalhamento da tarefa;
3) indicação de recursos e equipamentos (se comfotografia ou sem; condições para capitação de imagens);
4) o que se espera em termos de aproveitamento editorial (tamanho, duração, previsão de destaque ou urgência) e, no caso das redes de rádio e televisão, a posibilidade de emissão local, regional ou nacional: a localização dos eventos e até a identicação de algumas pessoas é feita diferentemente se a matéria é dirigida ao público de uma cidade ou se destina a um estado inteiro ou a todo país.

Se for o caso, acrescentam-se:
5) o alinhamento editorial, com dados sobre o contexto. Por exemplo, a instrução de relacionar a inauguração da fábrica com o surto de desomprego, de suscitar na entrevista coletiva tal ou qual linha de questionamento etc.;
6) a indicação de fontes subsidiárias, consultores etc.

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